É muito comum a criança sentir medo, ele faz parte de seu desenvolvimento, e se manifesta de diferentes maneiras em diferentes períodos de sua vida.
Está intimamente relacionado com o medo, o fato da criança ainda não saber lidar com os limites. Para que a criança adquira autoconfiança é preciso saber lidar com os limites.
Para desenvolver autoconfiança é preciso dar a criança condições e suporte para que se lance ao desafio e faça experiência para descobrir o seu potencial. Isso exige coragem por parte dos pais e também da criança.
Quanto mais corajosa a criança for mais coragem os pais precisam ter para acompanhá-la nessa tarefa.
O medo não é apenas algo natural e também necessário para a sobrevivência, é instinto de proteção. A forma de tratá-lo é que deve ser mudada. Não se pode viver em função do medo e sim saber interpretá-lo.
Quando a criança é estimulada a ser mais confiante, ela se torna mais sociável e assim mais alegre e feliz.
Diante de um desafio, como descer um degrau de escada, o alerta dos pais deve ser de encorajamento e nunca dizer: olha o degrau, vai cair! Mas sim orientá-la como fazê-lo para descer com segurança, só interferindo quando necessário.
O medo também pode se originar de um desafio apresentado à criança superior a sua capacidade de compreensão ou maturidade. A sensação de incompetência gera medo.
Por exemplo: exigir que uma criança domine a escrita e a leitura antes de estar apta para isso gera insegurança, portanto medo.
Exigir que uma criança com menos de dois anos não use fraldas e peça para ir ao banheiro sem ter maturidade e treino para isso é exigir dela além da sua capacidade, isso gera medo.
Zombar do medo de uma criança, dizendo que é uma bobagem o que ela está sentindo ou dizer que ela é uma fracote, é algo inadmissível, é desrespeito aos seus sentimentos e eles são verdadeiros.
As ameaças são perigosas e potencializam o medo. Muitas vezes com o intuito de protegê-la os pais dizem a uma criança: não vá naquele lugar porque lá tem bicho e vai te pegar! Ao invés de dizer isso é melhor alertar com clareza e veracidade como: não vá naquele lugar que você pode se machucar e eu quero te proteger.
Os medos aparecem em diferentes fases da vida da criança. Os bebês se amedrontam com barulhos e sons altos e também ao se expor á intensa claridade.
A partir dos dois anos já o medo é de animais e também de ser abandonada pelos pais quando se ausentam, por isso devemos sempre informá-las dos acontecimentos. Por isso a escola deverá ter bons critérios e procedimentos corretos para o período de adaptação da criança na escola nessa faixa etária, levando em consideração esses princípios.
Por volta dos três anos surge o medo do escuro, dos monstros e tudo que povoa sua imaginação que agora é muito fértil. Este medo é maior à noite na hora de dormir, pois é a hora que ela fica sozinha.
Aos seis anos a criança começa a ter medo da morte, principalmente da morte dos pais. É uma fase em que se aproxima da posse do raciocínio lógico, da capacidade de abstrair conceitos, por isso a morte é compreendida como algo irreversível e isso gera muito medo.
Até esta idade é normal a criança ser muito espontânea, agora passa a ter medo de se expor. É uma fase de transição para um novo ciclo de vida que inicia aos sete anos, por isso o medo.
Diante disso, os pais e educadores devem tratar desse assunto com naturalidade, com atenção e com carinho, acompanhando e observando a criança em cada fase, com suas características próprias. Caso o medo se manifeste exageradamente, pendendo para o pânico, procure um profissional especializado para avaliação e ajuda.
A Mel demonstra bem esse medo de deixarmos ela, principalmente com o pai, que é quem fica menos tempo com ela.
totalmente esclarecedor esse texto para não colocarmos medo onde não tem, por exemplo a Bruna com 1 ano ainda não tem medos do jeito que a gente pensa.
Informações excelentes pra gente saber como interpretar o medo dos nossos filhos (principalmente dos que ainda não verbalizam)!!
Muito bom!
Que bom que vc gostou Carla! Os textos da dona Lourdes sempre me ajudam muito também :)
Amei a postagem, muito esclarecedora! A Júlia, às vezes qdo saímos para o trabalho, eu e o pai, ela fica um pouco apreensiva, sempre explicamos para ela que vamos trabalhar e que em alguns instantes retornaremos, o pai como trabalha de escala e às vezes cai à noite, fala pra ela que ela vai dormir e que quando acordar o papai vai estar lá.Sempre funciona!
Eu sou suspeita pra falar dos textos, porque a dona Lourdes é tipo minha ídola, haha. Esse texto realmente esclarece muito como devemos lidar com o medo em cada fase da criança :)
Nossa, estamos passando pelo medo dos seis anos. O Gu tem medo de tudo (do quarto, de ficar sozinho e principalmente da morte). Engraçado, pois esse texto veio a calhar. Na escola o Gu está com dificuldades na alfabetização, está sendo muito cobrado e tal. A escola nos indicou uma psicopedagoga e ele está amando e melhorando muito. É sempre bom, ler esses textos e saber que não estamos sozinhos com esses problemas!!!
Oi Muriel! Lidar com o medo nunca é fácil, nem pra nós que somos adultos. Imagina pra eles. Que bom que o texto veio em boa hora pra você.
O Guga vai tirar de letra, você vai ver :)
Bjo
Nossa, adorei o texto! Meu filho tem 4 anos e os medos sempre aparecem e não sabemos como lidar. Obrigada!
beijos
Oi Tatiana! Que bom que você gostou! =)